sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Atividade "O Pequeno Jardim"

Professores!

Estamos postando mais uma atividade para que vocês possam trabalhar com as crianças. Trata-se da confecção de um terrário (Pequeno Jardim), uma atividade que reproduz o ecossistema em que vivemos em escala reduzida. O segredo para o sucesso desta atividade é distribuir no interior desse mini-viveiro as plantas e animais na exata proporção do seu tamanho e impacto ambiental, ou seja, encontrar o ponto de equilíbrio ecológico desse organismo vivo. Essa prática possui muitos objetivos, dentre eles, proporcionar um contato direto dos alunos com elementos da natureza, pequenos seres vivos e plantas, estimulando que estes observem a interação entre as espécies animais e vegetais, o solo e a água. Quanto a organização da classe, fiva à critério do professor, sendo que a mesma pode ser dividida em 2 ou 3 grandes grupos ou até mesmo toda a classe pode ficar em união, visto a complexidade da atividade e o número desejado de terrários a serem confeccionados.

Registros

Os registros podem ser organizados no próprio caderno do aluno, onde suas observações e comentários e apontamentos feitos pelo professor devem ser anotados conforme a regularidade estipulada pelo docente, sendo diariamente, a cada dois dias ou semanalmente. A confecção do terrário é uma atividade em grupo, porém a prática de observar e a sensibilidade de identificar os acontecimentos e interações dentro do mini ecossistema são individuais. A duração da atividade vai depender do andamento da atividade. Cerca de 4 aulas são suficiente.

Material
  • Garrafão de vidro ou plástico (melhor se for garrafa de água de 5 L);

  • Argila expandida;

  • Cascalho grosso ou pedrisco;

  • Areia;

  • Terra vegetal;

  • Pequenas mudas (samambaias, heras, musgos, avencas, etc.);

  • Pedras;

  • Galhos secos;

  • Pequeno recipiente, como tampa de um pote;

  • Cartolina, papelão ou tela;

  • Pequenos animais, tais como: tatu-bola, besouro, gafanhotos, joaninha, caracol, cigarra, formiga, minhocas, etc.

Montagem

  1. Lave o recipiente destinado ao terrário com água e álcool;

  2. Distribua no fundo uma camada de argila expandida (encontrada em lojas especializadas);

  3. Coloque, nessa ordem, cascalho grosso ou pedriscos, areia e terra vegetal, formando camadas sucessivas de 2,5 centímetros (a terra fértil pode ter 4 centímetros). Juntas elas vão reproduzir as condições geológicas da natureza. A última camada de terra equivale ao solo fértil. As de areia e pedra servem para drenar a água;

  4. Plante as mudas de plantas, tomando cuidado para não quebrar as raízes (não plante espécies que não gostam de água, como cactos);

  5. Espalhe pedras e galhos secos num cantinho para formar um abrigo mais úmido e escuro, onde os animais possam se proteger da luz;

  6. Na tampa de um pote coloque água para criar uma fonte permanente de umidade;

  7. Regue o terrário para umedecer a terra, mas cuidado para nao empoçá-la;

  8. Coloque um por um os animais capturados;

  9. Com a cartolina, papelão ou tela, cubra o terrário para que os animais não escapem;

  10. Mantenha o terrário num lugar claro, onde o sol não bata diretamente.
Situação-Problema

Como capturar os animais?

Para manter-se a salvo dos predadores e longe da luz, muitos invertebrados se escondem debaixo de pedras e galhos secos. O professor pode reunir seus alunos e planejar uma visita ao bosque ou jardim mais próximo da escola. Com o auxílio de caixas de sapatos com pequenos furos na tampa para ventilação, os alunos poderão realizar o transporte dos animais. Procurem pedras no jardim, ao levantá-las vão encontrar um mundo em miniatura, lesmas, minhocas, tatus-bolas, joaninhas, caracóis e uma procissão de formigas.

Observações

Os alunos podem decidir manter o ecossistema intacto por alguns dias, fechando-o hermeticamente com uma fita adesiva. Desse modo a água que penetrou nas plantas pelas raízes vai se evaporar em forma de gotículas sobre as folhas. A atmosfera criada no aquário fechado não vai conseguir absorver todo o vapor, que se acumulará nas paredes do recipiente. Quando a umidade chegar ao ponto de saturação vai se formar um ciclo de chuvas.

Discussão Pedagógica/Ecológica

Tipos de solo: Existem vários tipos de solo e cada planta tem sua preferência. Assim, se nos terrários montados for plantada uma espécie vegetal num solo que não lhe agrada, ela certamente vai morrer. Podemos aprender a distinguir os diferentes tipos de solo de acordo com suas características físicas. Na superfície, os restos dos seres vivos (fauna e flora) em decomposição constituem o húmus. O que faz o solo ser diferente do outro é a quantidade de cada componente que contém: areia, argila e húmus. A mistura dos três compõe o tipo de solo mais indicado para plantar, como a terra roxa e a preta. O solo calcário ou arenoso é rico em areia e apresenta pequenas pedras brancas na superfície. Deixa a água passar com facilidade e é bastante arejado. Seca rapidamente e serve para alguns tipos de vegetais. O solo argiloso é rico em argila. Pouco permeável, fica encharcado rapidamente. Tende a se compactar e não deixa o ar circular. Deve ser misturado com areia e húmus para se tornar fértil para a lavoura. A terra preta é rica em húmus e resulta da decomposição de restos vegetais e animais. É excelente para a lavoura. A terra roxa resulta da decomposição de basalto. Sua cor típica é causada pela presença de ferro. Indicada para a agricultura.

Fonte: Ciência à Mão



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