quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Boa Tarde Professores!
Usando o tato, as crianças reconhecem os diferentes tipos de solo que podem ser encontrados e categorizam grupos a partir de suas características.
Objetivos
- Perceber as características dos diferentes tipos de solo.
- Observar, reconhecer e categorizar amostras de solo com base em suas semelhanças e diferenças.
- Testar o comportamento do solo quanto à presença de água e ar.
Material
- Amostras de tipos variados de solo
- Caixa de papelão vazia. Uma para cada amostra de solo.
- Materiais de uso cotidiano da classe.
Início
O objetivo principal desta atividade é reconhecer os componentes constituintes do solo: minerais, matéria orgânica, água e ar até onde isso possa ser feito apenas utilizando o tato.
Os minerais são constituintes das rochas e se existem nos solos eles representam constituintes da rocha inicial, que ainda não foram transformados. Tudo o que há no solo veio dos minerais da rocha original, seja na forma original (minerais mais resistentes que ainda não foram alterados) ou mineral que se transformam por ser menos resistentes da rocha inicial.
Este material, continuando o processo, sofre reorganizações internas pelas variações de teor em água, pela sua circulação dentro do material e também pela atuação da vida, animal e vegetal, micro e macroscópica. Dessa maneira, a matéria orgânica, na sua degradação, forma substâncias que possibilitam novas transformações nos minerais “herdados” das rochas.
O ar e água também são fatores cuja presença é fundamental nas transformações da rocha em solo.
Essas são as principais informações que estarão presentes na atividade, muito embora não seja necessário que o professor apresente-as diretamente às crianças. Elas serão capazes de, no decorrer da aula, perceber e discutir muitas delas. A partir daqui, todas as atividades experimentais devem conter informações sobre as amostras que serão testadas e as informações obtidas armazenadas sempre no painel coletivo. A forma e o conteúdo do que deve ser incluído a cada experimento é definição do grupo.
A preparação do experimento consiste em colocar as amostras de solo dentro das caixas, mantendo-as no pacote plástico para evitar que a sala se suje. Feche completamente as caixas deixando apenas dois buracos nas laterais para que entrem as mãos das crianças. Elas devem tocar sem que possam ver efetivamente o que é.
Por último, numere cada uma das caixas para que se torne mais fácil referir-se a seu conteúdo.
Colocando a mão na massa
O grupo deverá descrever, sem ver, o conteúdo de cada caixa. Que consistência tem, se é molhado ou não, se é fofo ou rígido, se sujou as mãos, se reconhece a amostra (como no caso da arenosa por exemplo), se há pequenos pedaços de alguma outra coisa como gravetos ou pedrinhas que, na verdade, constituem restos dos grãos minerais das rochas que se transformaram nos solos estudados. Enfim, toda a informação que possam levantar sobre a amostra deve ser anotada para que os grupos construam um perfil de cada amostra.
Uma sugestão é usar amostras iguais em mais de uma caixa para aguçar a percepção das crianças não apenas quanto ao que é diferente, mas também quanto ao que é igual.
Nesta etapa pode ser usada uma diferenciação muito importante para estudar os materiais naturais:Quando a sensação ao tato é de aspereza, ou quando, percebe-se grãos entre os dedos, temos areia, e quando a sensação é de algo liso, como talco, temos então a argila, que é importante componente do solo.
Discussão
Inicialmente, o professor pergunta ao grupo a que conclusões chegaram sobre o que há em cada uma das caixas e deixa que as crianças manifestem-se livremente sobre elas anotando as informações no quadro. Por exemplo:
Amostra 1
- Seca
- Áspera
- Machuca as mãos se esfregar com força nela.
- Não suja a mão.
- Fácil de pegar.
- Fácil de quebrar
- Parece areia, mas na praia (que conheço) ela é mais fina.
Esgotadas as possibilidades de que as crianças falem e havendo consenso sobre tratarem-se de amostras de solo, o professor retoma a discussão para apresentar uma análise um pouco mais direcionada a partir dos componentes de cada amostra. Assim, diz às crianças quais são estes componentes e que cada um deles está presente em maior ou menor escala nas amostras que experimentaram.
Para isso, uma sugestão pode ser usar uma tabela como a Tabela 1 apresentada ao final da sessão. Não há problema se for difícil preencher os campos, deixe-os com uma interrogação, o objetivo é apenas fazer com que as crianças pensem a respeito de serem estes os constituintes e procurem encontrá-los enquanto exploram as amostras.
Durante o preenchimento da tabela, o professor pode e deve permitir que algumas das crianças voltem às amostras para lembrarem-se de como são. Isso irá enriquecer a discussão.
Ao final, pode ser interessante abrir as caixas para que as crianças verifiquem as amostras agora usando também os olhos para observar as cores; isso pode ajudar a descobrir a composição e enriquecer ainda mais as informações disponíveis sobre cada amostra.
Síntese escrita
A síntese escrita aqui pode ser feita através de uma explicação do conteúdo de cada caixa, acompanhada de todas as impressões do grupo e da tabela. São estes os principais pontos abordados durante a aula e todos devem estar presentes no registro.
Discuta com as crianças a importância deste registro ser feito com cuidado para que possam retomá-lo em outros momentos, já que haverá outras experiências com o mesmo tema.
Se a idade e o nível de alfabetização das crianças permitir, pode-se também pedir que tenham, no caderno onde costumam fazer as anotações referentes ao experimento, as mesmas informações discutidas coletivamente e expostas no painel coletivo.

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